AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE


Resumo do livro AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE

"Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto", escreve José Saramago diante da representação tradicional da morte. Só mesmo um grande romancista para desnudar ainda mais a terrível figura. Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema. Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder "passar desta para melhor". Os empresários do serviço funerário se vêem "brutalmente desprovidos da sua matéria-prima". Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não pára de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque "sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja". Um por um, ficam expostos os vínculos que ligam o Estado, as religiões e o cotidiano à mortalidade comum de todos os cidadãos. Mas, na sua intermitência, a morte pode a qualquer momento retomar os afazeres de sempre. Então, o que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna? Ao fim e ao cabo, a própria morte é o personagem principal desta "ainda que certa, inverídica história sobre as intermitências da morte". É o que basta para o autor, misturando o bom humor e a amargura, tratar da vida e da condição humana.

Autor:
José Saramago

5 comentários:

Elmo Dórea disse...

Prazer, prazer.

Unknown disse...

Excelente romance. Mas nao é nem novidade, pois José Saramago é dos genios da literatura;

Anônimo disse...

li o livro, e para mim, Jose Saramago escolhe a dedo seus leitores. Aqueles que aguentam a leitura um pouco desgastante e o formato diferente que o aconpanha me deixou um tanto cansada. Mas sua ideologia é muito interessante.

Anônimo disse...

li o livro, e para mim, Jose Saramago escolhe a dedo seus leitores. Aqueles que aguentam a leitura um pouco desgastante e o formato diferente que o aconpanha. ele me deixou um tanto cansada. Mas sua ideologia é muito interessante.

Eduardo disse...

Com o toque peculiar de bom humor, Saramago faz duras críticas a sociedade e coloca seu leitor em pleno conflito. se pensarmos melhor,utiliza-se de recursos próprios de escritas para colocar o leitor em um mergulho de queda-livre, sendo mais uma vez um escritor com toque saramaguiano de ser.