RESUMO DO LIVRO UM GANSO EM TOULOUSE
Em Um ganso em Toulouse, o jornalista Mort Rosenblum investiga a alma francesa através de sua gastronomia. Com histórias tão deliciosas quanto a culinária que as inspirou, este americano radicado na França há 25 anos fala de um país que, embora seja um dos líderes da economia global, mantém profundas raízes rurais quando o assunto é comida. O queijo francês Roquefort, por exemplo, não é encarado apenas como um famoso produto de exportação, mas como uma complexa rede de pastores, leiteiros, fromagers, geólogos, lenhadores, transportadores e executivos de empresas. Rosenblum apresenta divertidas e impressionantes histórias de chefs premiados, caçadores de trufas, criadores de escargots, catadores de ostras e vinhateiros legendários, sempre destacando os personagens mais curiosos, como as duas famílias criadoras de ovelhas que se ignoram mutuamente há três gerações, embora conversem com seus animais. Ou Lionel Poilâne, padeiro considerado um tesouro nacional, cujos pães vêm acompanhados do telefone do apoio técnico e de um manual de instrução repleto de filosofia. O autor diz que nenhum índice econômico é mais confiável na França do que os corredores da Fauchon, a cara loja considerada um templo da boa comida, onde é possível comprar centenas de qualidades diferentes de mostarda. Tal afirmação não é tão exagerada quanto parece. É mesmo preciso levar em conta a cultura gastronômica dos franceses para se compreender sua economia. Rosenblum conta o caso do chef Bernard Loiseau: seu restaurante La Côte dOr, onde a conta ultrapassa facilmente os 200 dólares por pessoa, tem suas mesas reservadas com semanas, se não meses, de antecedência, enquanto que o simples Auberge du Relais, do outro lado da rua, está sempre vazio, embora se possa comer bem por apenas 25 dólares em seu salão. "A invenção de um novo prato é mais importante que a descoberta de uma nova estrela", já dizia Jean Anthelme Brillant-Savarin, famoso gourmet que viveu no século XIX. Talvez concordasse com esta máxima o chef de um restaurante dos Alpes franceses que, na década passada, incluiu no cardápio sua "piccata de carne ao molho de Viagra com vinagre de figos e ervas finas". Como o medicamento contra impotência sexual masculina ainda não tinha sido aprovado pelas autoridades de saúde da França, um considerável suprimento da nova droga foi contrabandeado da Suíça direto para sua cozinha, para desespero do laboratório Pfizer. Na França, tudo acaba em molho. Para muitas pessoas, até a vida merece ser encerrada numa orgia gastronômica. Rosenblum conta que o ex-presidente François Miterrand, quando estava prestes a morrer de câncer, permitiu-se um último banquete proibido, onde comeu 30 ostras, foie gras, uma fatia de capão e duas hortulanas. A devoção à boa comida na França nasceu com o país, cujos reis sempre souberam apreciar os sabores e aromas dos alquimistas dos temperos. O problema é que, hoje em dia, infames cachorros-quentes são vendidos aos montes nos portões do palácio de Versalhes, enquanto turistas deixam uma trilha gosmenta de sorvete derretido nas pedras polidas de seu pátio. Até a década de 70, era difícil comer mal na França, mas agora isso está ficando assustadoramente fácil. Nos anos 90, o francês gastava uma média de 90 minutos almoçando, tempo que foi reduzido para pouco mais de meia hora em 2000. O consumo de vinho está em queda. As crianças, viciadas em McLanche Feliz, apresentam uma tendência cada vez maior à obesidade. E as duras normas sanitárias da União Européia vão de encontro com os tradicionais métodos de produção de muitos queijos da França. Seria a decadência de uma nação? Esta é a principal questão colocada pelo autor.
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Autor: Mort Rosenblum
Editora: Rocco
ISBN: 8532515150
Formato: 14 x 21 cm
Número de Páginas: 380
Fonte:Editora Rocco
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