QUALIDADE DE VIDA, PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA

Capa do livro Qualidade de Vida, Planejamento E Gestão Urbana

RESUMO DO LIVRO QUALIDADE DE VIDA, PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA

Este livro é uma importante contribuição para as temáticas da qualidade de vida e do planejamento urbano no Brasil, pois procura discutir diversos aspectos metodológicos e analíticos, levantando questões e refletindo sobre possibilidades para as políticas públicas, que são extremamente importantes para um país marcado por sérias desigualdades socioespaciais nas mais diferentes escalas geográficas, cuja forma mais empiricamente evidente é a intensa urbanização e a constante metropolização que se realizam com um conteúdo social no qual predominam a estratificação social e a desigualdade ao acesso pleno à vida urbana com qualidade e aos equipamentos básicos para a manutenção da existência.
Se, em um determinado momento da história cultural da humanidade, pensadores, entre os quais Rousseau, questionando o sublime tecnológico, tenham identificado a cidade como um grande teatro, reino das fantasias e da perda da identidade do Homem como Cosmos, outros filósofos iluministas, ao contrário, concebiam a cidade como o reino da liberdade do Homem em relação à Natureza. Os gregos, na Antiguidade clássica, pensavam a cidade como o locus da política, da democracia e da crítica. No Iluminismo, a cidade passou a ser vista como a marca da civilização e do domínio da cultura sobre a natureza, como possibilidade de realização técnica e científica do fazer e do ser, realizando-se cotidianamente na cultura urbana.
Essa cultura urbana e o modus vivendi cosmopolita encantavam pensadores iluministas como Kant, mas, por outro lado, preocupavam a Simmel e Benjamin, que viam a cidade moderna não mais como Ágora, mas como uma prisão, estando a vida submetida a uma racionalidade técnica e a uma perda do horizonte da esperança, marcada pelas vitrines das ruas de Paris do século XIX e, atualmente, pelos shopping centers e pelo hiperconsumo em diversas cidades do mundo.
Um paradoxo, pois é um modus vivendi que se utiliza do discurso da liberdade e da modernidade, mas que cria obstáculos para o acesso aos instrumentos básicos de sobrevivência e de realização da existência do Ser, levando muitos apressados a pensarem na morte da metafísica e em um mundo pós-moderno.
Esta obra, estruturada em um caldo epistemológico que prima pela construção interdisciplinar sobre as abordagens da qualidade de vida e do planejamento urbano, foi esculpida em uma filosofia da transformação, em uma época de mutações. Ela procura discutir teoricamente e apresentar pragmaticamente possibilidades de abordagens analíticas, sempre com o viés interdisciplinar, considerando não apenas possibilidades de melhoria das condições de vida dos Homens na cidade, certamente um aspecto essencial, mas apostando também em um processo de recriação do sentido de cidade e de urbano, a partir de um questionamento sobre a Ciência, a Modernidade e o Capitalismo na produção da chamada civilização tecnológica.
Prof. Dr. Antonio Carlos Vitte — Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia da IG-UNICAMP

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Autor: Claudete Vitte

Editora: Bertrand Brasil

ISBN: 8528613860

Formato: 16 x 23 cm

Número de Páginas: 312

Fonte:Editora Record

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