CEM ANOS DE SOLIDÃO
Resumo do livro CEM ANOS DE SOLIDÃO
Seria ingênuo procurar uma chave que explicasse toda a grandeza deste livro diante do qual o repertório de adjetivos torna-se espantosamente ineficaz. Porém, é razoável atribuir parte do êxito de Cem anos àquela contaminação, pelo real, do universo maravilhoso da fictícia Macondo, onde se passa o romance. Aqui pesou muito a experiência jornalística de Garcia Márquez. E também a sombra do tcheco Franz Kafka(foi depois de ler a primeira frase de A metarmofose que Garcia Márquez decidiu que seria escritor). Mas, para além desses artifícios técnicos e influências literárias, é preciso que se diga que a atordoante sensação de realidade que transborda do livro deve-se ainda ao fato de que ele foi escrito, segundo o autor, para "dar uma saída às experiências que de algum modo me afetaram durante a infância". Tome-se, por exemplo, a primeira frase de Cem anos. Quando o escritor era pequeno, seu avô, o coronel Márquez, o apresentou mesmo, maravilhoso, ao gelo, tal como José Arcadio Buendia faz com o filho Aureliano. Do mesmo modo que José Arcadio, o avô de Garcia Márquez também carregava, na vigília e nos sonhos, o peso de um morto - o homem que havia assassinado. O coronel era marido de Tranquilina, aquela avó que encheu os primeiros anos e o resto da vida do neto Gabriel de histórias bem contadas. Garcia Márquez costuma dizer que todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro. "E qual seria o seu?", perguntaram-lhe. "O livro da solidão", foi a resposta. Apesar disso, ele não considera Cem Anos sua melhor obra (gosta demais de O outono do patriarca, onde o tema também está presente). O que importa? o certo é que nenhum outro romance resume tão completamente o formidável talento deste contador de histórias de solitários - que se espalham e se espalharão por muito mais de cem anos pelas Macondos de todo o mundo.
Autor:
Gabriel Garcia Márquez
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Simplesmente fantástico!
Esse livro é fantástico realmente uma obra prima da literatura...
Abraços
Postar um comentário