Resumo do livro AS VIDAS DE CHICO XAVIER
Chico Xavier sempre viveu no limite. Com um pé na terra e outro no além, ele fechou os olhos e pôs no papel poemas, crônicas e recados assinados por mortos ilustres e anônimos. Resultado: quase 400 livros psicografados e muita polêmica. Para milhões de brasileiros, o médium mineiro é um santo, a ponte mais confiável até o outro mundo, a prova de que a morte não existe. Para outros tantos, é um personagem exótico.
O mesmo Chico Xavier capaz de provocar desmaios entre seus adoradores, já foi processado, esbofeteado e insultado com adjetivos como demagogo e exibionista. O Mesmo O mesmo Chico Xavier, indicado para o Prêmio Nobel da Paz, foi alvo de veneno, faca, revólver, menosprezado pela chamada intelligentesia nacional e adulado por poderosos de plantão, ele sobreviveu. Virou Mito.
Autor: Marcel Souto Maior
Um comentário:
O livro sobre Chico Xavier revelará certamente muita coisa do religioso, além daquelas muitas que a mídia sempre oferceu sobre ele. Era um homem solidário, bondoso, inspirado, simpático, além de místico. O número de seus seguidores ampliou-se muito. Não obstante, mesmo antes de ler o livro Mitos da Religião, já fazíamos nossas indagações sobre essas questões. Sobretudo quando se soube que em muitas culturas a palavra sonho e alma, ou espírito, tinham a mesma fonte. Ou seja, os povos primitivos acreditavam que o sonho era uma entidade que entrava e saía do corpo, o que levou à alma, donde o animismo, o espírito. Então, se a fonte do conceito de espírito vem desse fenômeno, ao acreditarmos numa alma estamos apenas repetindo aqueles ancestrais milenares. No meu romance O Garoto Que Queria Ser Deus os personagens dialogam todo o tempo a respeito dessas questões: o apelo ao mundo transcendente não seria decorrente de nossa inconformidade com a finitude da vida? As religiões não seriam apenas superstições mais elaboradas? Deus não seria uma invenção de homens primitivos conservada pelo homem moderno por razões de conveniência? etc.
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