RESUMO DO LIVRO OZZY 1: CARAMBA! MAS QUE GAROTO RABUGENTO!
Ozzy é um moleque cheio de manias: ele é cabeça-dura, tinhoso, marrudo, rabugento, metido, melequento, maltrapilho, pestinha, bagunceiro e pirracento. Adora rock e odeia sopa de legumes. Seu bicho de estimação, com quem ele anda pra lá e pra cá, é um enorme tiranossauro rex, e suas melhores amigas, as Lesmas Carnívoras Gigantes, ele não conheceu na escola... Já deu para ter uma idéia da encrenca?
Convidado pelo jornal Folha de S.Paulo a criar um personagem infantil, coisa que nunca havia imaginado fazer, Angeli se inspirou no filho Pedro, que, à época com treze anos, adorava heavy metal e grunge. O personagem tem o nome de um cantor de rock pesado que ambos pai e filho gostavam - Ozzy Ousbourne - e se veste segundo a moda grunge.
Angeli publicou tiras semanais do Ozzy entre 1993 e 1999, na "Folhinha", mas atraiu leitores de todas as idades. Agora, em edição especial, colorida, ele reúne todas elas em quatro volumes: Ozzy 1: Caramba! Mas que garoto rabugento! (uma seleção das tiras que dão ênfase à personalidade do garoto); Ozzy 2: Tirex e mais uma cambada de bichos de estimação (uma seleção das histórias do Ozzy com o seu tiranossauro rex predileto, o Tirex, e com outros bichos queridos); Ozzy 3: Família? Pra que serve isso? (uma reunião das passagens do personagem com a família) e Ozzy 4: As Lesmas Carnívoras Gigantes e outros amigos esquisitos (as tiras que tratam sobre a relação do Ozzy com seus "amiguinhos"). Os volumes 3 e 4 serão lançados em novembro.
O cartunista respondeu algumas perguntas sobre o personagem e o trabalho de criação para tiras diárias de jornal, leia a seguir.
1) De onde veio a idéia do personagem Ozzy? Ele foi encomendado pela Folha de S. Paulo ou você o criou?
A proposta de criar um personagem infantil veio da Folha. Eu nunca havia pensado em criar um personagem para crianças. Sempre achei que meu traço e minha cabeça eram intoxicados demais para tamanha empreitada. E que temos de cuidar de nossas crianças, evitando que pessoas como eu tenham contato com o universo infantil. Mas depois, já trabalhando com o Ozzy, vi que tudo não passava de preocupação idiota.
2) Você se inspirou em alguém para criar o Ozzy? Ele se parece com você em alguma coisa - no gosto musical, por exemplo?
Meu filho Pedro, claro! Na época (em 1993) ele tinha treze anos e estava entrando fundo nessa coisa do heavy metal. Kiss, Ozzy Osbourne. Quanto ao Kiss, nunca achei legal, mas o Ozzy Osbourne sempre teve o meu respeito.
Depois veio o grunge, que não passava de uma reciclagem do rock dos anos 70 e que ganhou a minha simpatia logo na primeira audição do álbum Nevermind, do Nirvana. Foi do grunge que veio o uniforme do Ozzy e aquela imagem dele de meio "largadão". Claro que recorri à memória da minha infância para compor o personagem, mas a fonte principal sempre foi o meu filho. Mesmo assim, arrumei um jeito de homenagear a minha filha Sofia em algumas histórias.
3) O que o Ozzy acha destes tempos de baixa do heavy metal? Ele vai em rave? Gosta de música techno? Ele faz parte do Comando Revolucionário Kurt Cobain?
Acho que o Ozzy, hoje, continuaria fiel à "evolução musical" que o meu filho Pedro sofreu. Depois de ter uma banda de rap metal, chamada 69 Centavos, na qual era baterista, hoje ele faz música eletrônica e toca por aí, nas casas noturnas da cidade. Eu escuto, gosto, me empolgo, mas ainda prefiro os sons que saem com a ajuda do corpo humano. Mesmo assim escuto hip-hop, eletrorock e agora esse jazz eletrônico que rola por aí. O Ozzy, como quase todos os meus personagens, era um anarquista solitário. Acho que ele não teria paciência para fazer parte de um grupo, mesmo sendo o Comando Revolucionário Kurt Cobain.
4) Como foi, para você, fazer uma tira semanal? Você lembra de ter passado por algum caso engraçado por conta dessa questão de ter um prazo para entregar as tiras?
Bem, eu praticamente cresci numa redação de jornal. Lido bem com prazos, faz parte do meu cotidiano.
Mesmo assim coisas inusitadas acontecem. Tenho um bloco de anotações no qual registro idéias ainda embrionárias. Vira e mexe, no sufoco, recorro ao caderninho em busca da idéia salvadora. Por vezes a memória falha, e acabo desenhando e publicando idéias repetidas, no mesmo espaço, no mesmo veículo. Isso já aconteceu na charge, nas tiras, e com o Ozzy...
5) O Ozzy é o seu único personagem infantil. Por quê?
Não sei explicar, mas não sou mais impelido a criar personagens infantis. Agora, há personagens meus como os Skrotinhos, que, apesar de serem para adultos, são curtidos por crianças. Tenho também o grupo que aparece nas tiras da Luke e da Tantra. São garotos entre quinze e 25 anos. Alguns ainda virgens. É a molecada que perambula pela Vila Madalena com dinheiro no bolso apenas para meia cerveja. São produtos da geração Nirvana.
6) Você já recebeu alguma reclamação, de pais ou professores, sobre o comportamento do Ozzy?
O Ozzy não motivou tanta polêmica. Uma reclamação aqui, outro grito ali, mas nada significativo. É certo que eu não faço o estilo didático. Não sou paternalista, não sou politicamente correto e nem faço o tipo "construtor de um novo mundo".
O meu trabalho apenas aponta a distorção, os erros e os vícios do ser humano, de qualquer idade. A única coisa que proponho como autor é que sejamos livres.
Convidado pelo jornal Folha de S.Paulo a criar um personagem infantil, coisa que nunca havia imaginado fazer, Angeli se inspirou no filho Pedro, que, à época com treze anos, adorava heavy metal e grunge. O personagem tem o nome de um cantor de rock pesado que ambos pai e filho gostavam - Ozzy Ousbourne - e se veste segundo a moda grunge.
Angeli publicou tiras semanais do Ozzy entre 1993 e 1999, na "Folhinha", mas atraiu leitores de todas as idades. Agora, em edição especial, colorida, ele reúne todas elas em quatro volumes: Ozzy 1: Caramba! Mas que garoto rabugento! (uma seleção das tiras que dão ênfase à personalidade do garoto); Ozzy 2: Tirex e mais uma cambada de bichos de estimação (uma seleção das histórias do Ozzy com o seu tiranossauro rex predileto, o Tirex, e com outros bichos queridos); Ozzy 3: Família? Pra que serve isso? (uma reunião das passagens do personagem com a família) e Ozzy 4: As Lesmas Carnívoras Gigantes e outros amigos esquisitos (as tiras que tratam sobre a relação do Ozzy com seus "amiguinhos"). Os volumes 3 e 4 serão lançados em novembro.
O cartunista respondeu algumas perguntas sobre o personagem e o trabalho de criação para tiras diárias de jornal, leia a seguir.
1) De onde veio a idéia do personagem Ozzy? Ele foi encomendado pela Folha de S. Paulo ou você o criou?
A proposta de criar um personagem infantil veio da Folha. Eu nunca havia pensado em criar um personagem para crianças. Sempre achei que meu traço e minha cabeça eram intoxicados demais para tamanha empreitada. E que temos de cuidar de nossas crianças, evitando que pessoas como eu tenham contato com o universo infantil. Mas depois, já trabalhando com o Ozzy, vi que tudo não passava de preocupação idiota.
2) Você se inspirou em alguém para criar o Ozzy? Ele se parece com você em alguma coisa - no gosto musical, por exemplo?
Meu filho Pedro, claro! Na época (em 1993) ele tinha treze anos e estava entrando fundo nessa coisa do heavy metal. Kiss, Ozzy Osbourne. Quanto ao Kiss, nunca achei legal, mas o Ozzy Osbourne sempre teve o meu respeito.
Depois veio o grunge, que não passava de uma reciclagem do rock dos anos 70 e que ganhou a minha simpatia logo na primeira audição do álbum Nevermind, do Nirvana. Foi do grunge que veio o uniforme do Ozzy e aquela imagem dele de meio "largadão". Claro que recorri à memória da minha infância para compor o personagem, mas a fonte principal sempre foi o meu filho. Mesmo assim, arrumei um jeito de homenagear a minha filha Sofia em algumas histórias.
3) O que o Ozzy acha destes tempos de baixa do heavy metal? Ele vai em rave? Gosta de música techno? Ele faz parte do Comando Revolucionário Kurt Cobain?
Acho que o Ozzy, hoje, continuaria fiel à "evolução musical" que o meu filho Pedro sofreu. Depois de ter uma banda de rap metal, chamada 69 Centavos, na qual era baterista, hoje ele faz música eletrônica e toca por aí, nas casas noturnas da cidade. Eu escuto, gosto, me empolgo, mas ainda prefiro os sons que saem com a ajuda do corpo humano. Mesmo assim escuto hip-hop, eletrorock e agora esse jazz eletrônico que rola por aí. O Ozzy, como quase todos os meus personagens, era um anarquista solitário. Acho que ele não teria paciência para fazer parte de um grupo, mesmo sendo o Comando Revolucionário Kurt Cobain.
4) Como foi, para você, fazer uma tira semanal? Você lembra de ter passado por algum caso engraçado por conta dessa questão de ter um prazo para entregar as tiras?
Bem, eu praticamente cresci numa redação de jornal. Lido bem com prazos, faz parte do meu cotidiano.
Mesmo assim coisas inusitadas acontecem. Tenho um bloco de anotações no qual registro idéias ainda embrionárias. Vira e mexe, no sufoco, recorro ao caderninho em busca da idéia salvadora. Por vezes a memória falha, e acabo desenhando e publicando idéias repetidas, no mesmo espaço, no mesmo veículo. Isso já aconteceu na charge, nas tiras, e com o Ozzy...
5) O Ozzy é o seu único personagem infantil. Por quê?
Não sei explicar, mas não sou mais impelido a criar personagens infantis. Agora, há personagens meus como os Skrotinhos, que, apesar de serem para adultos, são curtidos por crianças. Tenho também o grupo que aparece nas tiras da Luke e da Tantra. São garotos entre quinze e 25 anos. Alguns ainda virgens. É a molecada que perambula pela Vila Madalena com dinheiro no bolso apenas para meia cerveja. São produtos da geração Nirvana.
6) Você já recebeu alguma reclamação, de pais ou professores, sobre o comportamento do Ozzy?
O Ozzy não motivou tanta polêmica. Uma reclamação aqui, outro grito ali, mas nada significativo. É certo que eu não faço o estilo didático. Não sou paternalista, não sou politicamente correto e nem faço o tipo "construtor de um novo mundo".
O meu trabalho apenas aponta a distorção, os erros e os vícios do ser humano, de qualquer idade. A única coisa que proponho como autor é que sejamos livres.
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Autor: Angeli
Editora: Companhia das Letras
Ano de Lançamento: 2006
ISBN: 9788535908398
Formato: 23.00 x 16.00 cm
Acabamento: Brochura
Número de Páginas: 56
Fonte:Editora Companhia das Letras
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